O ultimo dia em Chennai ficou reservado para visitar o principal templo da cidade, ir ao meu café predileto e, visitar mais algum local que tenha sobrado na minha lista.
Sendo assim, comecei a manhã indo ate o meu café favorito em Chennai, o Chamiers, que tem um quê de café ingles e um ambiente chique e agradável que te faz esquecer completamente que estás na Índia.(rs) O café é muito frequentado pelos expats japoneses e coreanos e bem popular entre as esposas deles.

Depois de alguns dias tomando café da manhã típico do sul da Índia (vegetariano), eu resolvi matar a saudade do porquinho e pedi um pão com omelete, bacon e salsicha. Para completar, um delicioso café.

Saindo dali, fui visitar o famoso Kapaleeshwar Temple, o mais famoso da cidade, com uma arquitetura simplesmente deslumbrante.
Acredita-se que o templo foi construido no século VII, pelos membros da dinastia Pallava. Alguns poemas da época, mencionam que o templo fica à beira-mar. Portanto, acredita-se que o templo ficava onde hoje é a Igreja de São Tomé, em Chennai, e que fora destruído pelos portugueses para a construção da mesma. E, que depois disso, o templo, que fica hoje fica a 1.5 km do mar, teria sido reconstruído pelos reis da dinastia Vijaynagara utilizando restos da construção original. Se é verdade ou não, não sabemos, mas o que importa é que o templo é o mais imponente em Chennai e não tem como visitar a cidade sem passar por lá.
Infelizmente, não é permitido filmar ou fotografar dentro do templo, sobretudo onde ficam as imagens. Vi o guardinha dando uma bronca em um indiano que tentava tirar umas foto dos deuses. Então, para não criar problemas, tirei fotos e filmei apenas do lado de fora do templo. Outro fato curioso (para nao dizer outra coisa), é que a entrada de não- hindus no templo, na parte onde ficam os deuses, não é permitida. Vários estrangeiros estavam no templo, mas viram a placa escrita bem grande em inglê e ficaram apreciando a imagem do deuses e as orações atrás de uma pequena grade.
E você, Juliana? Como você fez?- nosso leitor deve estar se perguntando.
Adivinhem? Como eu tenho essa cara de indiana paraguaia que vocês já sabem e ainda por cima estava vestida com roupas indianas, foi só correr pro abraço! Entrei de boa, fiquei alguns momentos lá dentro, observei as orações, as pessoas fazendo suas preces e oferendas e, discretamente, sai do recinto.
Nessas horas é otimo ser parecido com os nativos!
Saindo de lá, resolvi ir até o Egmore Museum, sugestão da minha colega tamilian. O local é enorme, com prédios antigos e belos e, um dos prédios mais suntuosos, infelizmente, estava em reforma.


Apesar de eu não ter entrado em nenhuma das galerias para ver as peças, o visual externo do museu já foi suficiente para me satisfazer. Há uma pequena praça no meio do local, com esculturas antiquíssimas, ao ar livre, de deuses que eram adorados antes do Hinduísmo ser o que é hoje.
O Egmore museum vale uma visita sim, mas só se você estiver com tempo e já tiver visto tudo o que queria na cidade.
Depois de lá, peguei um táxi e fui para a rodoviária, onde o meu ônibus de volta a Bangalore me esperava. Depois de cerca de 7 horas de viagem, cheguei a Bangalore, voltando à realidade, mas já com muita vontade de voltar a Chennai, ou melhor, a Tamil Nadu, um estado não tão explorado pelos turistas, mas com monumentos históricos incríveis e com uma genuína cultura hindu.
Fica aí a dica.
Um abraço e até a próxima viagem!
por Banjara