Khadija Al -Salami – a heroína do Iêmen

Imagine uma menina de 11 anos, forçada a se casar e filha de uma mulher divorciada. E, para completar…isso tudo, no Iêmen!

Pensou que fosse algum filme?  Esta é a história real de Khadija Al-Salami, uma mulher iemenita, que passou por todo este pesadelo na infância, mas para quem as portas se abriram e ela, claro, não desperdiçou a oportunidade.

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Semanas após seu casamento, aos 11 anos, ela ficou tão rebelde e insuportável, que o marido a devolveu para o tio dela. O tio, claro, pensando na honra da família, na mesma hora, mandou ela embora para a casa da mãe. Sua mãe, estava solteira novamente, pois corajosamente,  decidiu divorciar-se do marido, pai de Khadija, após anos de violência doméstica. Uma mãe corajosa dessas, só poderia inspirar a filha.

A grande oportunidade de Khadija surgiu aos 16 anos, quando ela ganhou uma bolsa de estudos para os EUA e, ficou por lá até completar seu mestrado. Sua tese de mestrado, foi, na verdade, um filme. E, o tema, não poderia ser mais real e familiar a nossa heroína, baseado na estória de Nujood, que aos 10 anos, já era uma mulher divorciada. A estória de Nujood também virou um livro, caso vocês tenham interesse no assunto.

Com este filme, Khadija não somente defendeu sua tese, mas o filme no Festival Internacional de Cinema de Dubai.

Desde então, Khadija não parou mais e tem produzido diversos documentários para as televisões da Europa e EUA. Hoje, Khadija trabalha como diplomata, no consulado do Yemen, em Paris.

Para saber mais sobre esta grande iemenita, leia a matéria abaixo: (em inglês)

https://chronicle.fanack.com/yemen/faces/khadija-al-salami/

Assista ao trailer do filme: “I am Nojoom, age 10 and divorced”:

Outro documentário muito interessante feito por Khadija, é o Stranger in her own city, que trata da estória de Najmia, uma alegre menina de 13 anos, moradora de Sanaa (Yemen), que mesmo já tendo atingido a puberdade, se recusa a usar o véu e, por seu comportamento transgressor, é xingada e criticada pelos moradores da cidade.

Aqui, você vê o documentário completo:

Porém, apesar de toda a rebeldia, Najmia, acabou tendo que usar o véu, forçada por seu pai e, foi impedida de frequentar a escola, devido o seu comportamento considerado transgressor e imoral.

Khadija provou ao mundo que, com uma pequena oportunidade, uma mulher pode ir muito, mas muito além do que os costumes e tradições de uma sociedade arcaica impuseram a ela. E, o final, nos faz acreditar que educação ainda é a arma mais poderosa de uma mulher.

Um abraço e até a pŕoxima!

por Banjara

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Publicado por Banjara Soul

Este blog é para compartilhar um pouco das estórias e memórias que acumulei ao longo de 13 anos no incrível continente chamado Ásia. Hoje, de volta ao Brasil, mas com a Ásia no coração, continuo compartilhando informações do continente com vocês!

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