As diferenças culturais estavam falando alto demais. Porém, ainda assim, Brasilene, não percebia e insistia que ia dar certo. Como era teimosa essa Brasilene!
Os dias foram se passando e cada vez menos Brasilene via seu Paquinaldo. Cada vez menos ele dava notícias. Ela ficava dentro do quarto de hotel praticamente o dia todo, com medo que ele ligasse e ela não estivesse lá. Até que Brasilene se encheu e resolveu sair pela cidade, de novo, desta vez para mais longe, para conhecer um dos pontos turísticos.
Com a cara, a coragem e um inglês não muito bom, Brasilene pega um táxi até o local que queria ir. Chegando lá, o motorista diz que o local está fechado porque é feriado e que só abriria depois das 14:00. – Então, porque não visitar outros locais da cidade, madam?- sugere o motorista. Brasilene, em sua ingenuidade, aceita. Porém, o motorista a leva para várias lojas de jóias, ouro e lenços de seda, para que ela compre e ele, claro, ganhe comissão. Brasilene até compra um belo lenço de seda, mas como não custou caro, o motorista fica furioso e a larga no meio da rua, sem dar explicação.
Brasilene não tinha idéia de onde estava. Sem Google map ou bússola, ela pára por alguns segundos para refletir. Porém, como boa brasileira, ela não desiste nunca. A esta altura, já não confiava em mais ninguém nem para perguntar o caminho de volta até seu bairro. Sendo assim, ela resolve andar e seguir as placas, até que, finalmente, encontra uma estação de metrô. Depois de 3 baldeações, Brasilene estava de novo no hotel.
Aliviada, ela chega no hotel e os atendentes a informam que Paquinaldo havia ligado várias vezes e estava aflito porque ela não estava lá. Ela pensa: – Merda…quando eu estava aqui ele não ligou. Tinha que ligar logo agora que eu saí!
Prontamente, ela liga para Paquinaldo, que lhe dá uma bronca por ter saído sozinha sem avisar. Ela engole a seco, mas não gosta daquele controle. Afinal, ela já morava no exterior há anos e sempre resolveu e fez tudo sozinha.
Paquinaldo diz que naquela noite, seu tio, que também é pastor da Assembléia de Deus, vai pregar em uma comunidade evangélica e que gostaria que ela fosse. Ela, entusiasmada, aceita e vai encontrar com eles.
Já na tal comunidade, conhece várias missionárias nativas daquele país e logo se entrosa com elas. Na volta para casa, dentro do metrô, Brasilene conversa com as missionárias, quando do nada, Paquinaldo vira para a líder de louvor e tem a brilhante idéia:
– Ei, você tem uma cama sobrando na sua casa?
– Tenho sim. Porque?
-Ela pode ficar lá? (se referindo a Brasilene)
– Claro!!
Mais que rapidamente, Paquinaldo diz a Brasilene que eles voltariam para o hotel dela, fariam suas malas e ela iria se mudar para a casa da líder de louvor. Brasilene fica super sem graça. Afinal, acabou de conhecer a moça e, não queria incomodar ninguém. Mas, Paquinaldo achou que ficar naquele hotel era gastar dinheiro à toa.
Brasilene achou um absurdo, pois sentiu que Paquinaldo estava tirando a responsabilidade dela sobre si e colocando-a sobre a líder de louvor. Brasilene estava lá por causa dele. Havia viajado mais de 6 horas de avião para estar com ele, para passar tempo com ele e, não para acabar morando de favor na casa dos outros.
Mas, não teve muita escolha a não ser, voltar para o hotel com eles, fazer as malas e se mudar para a casa da outra moça que conhecera aquela noite.
Brasilene sentia que ela já não tinha mais controle sobre nada.
Porque Paquinaldo estava agindo desta forma? Porque não cuidava dela como havia prometido nas juras de amor pela internet? Porque não haviam passado um dia juntos sequer como um casal normal de namorados? Porque ele só a beijara uma vez até agora? Porque ele não falava do futuro dos dois? Como esta estória iria terminar?
Brasilene era um mar de dúvidas e ansiedade. Eram muitas perguntas ainda sem respostas. Olhou no relógio e viu que era demasiado tarde. Foi ler a Bíblia para ver se ajudava. Afinal, ela precisava de uma resposta. Porém, há respostas que só teremos bem mais tarde.
Ela deitou na cama, deu boa noite para sua nova amiga e adormeceu, esperando que o dia seguinte fosse um pouco melhor.
por Banjara
Estou me atualizando na leitura do blog, adorei a novela! Aguardando o desfecho que pelo jeito não tem como ser bom.
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Pois eh….preciso preparar o final desta novela!!
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Ah gente, pelo amor de Deus! Esse Paquinaldo é um sem-noção hein!!! Dá até vontade de dar uns tapas nele!!
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Hahahaha….sim!!Da vontade de dar uns tapas na cara dele, ne? Sera que Brasilene vai esculachar com ele ou nao? Aguardem os proximos capitulos!
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Nossa! Brasilene é mesmo apaixonada! O amor cega as pessoas… Eu no lugar dela já tinha pegado o avião de volta… afinal, quando ele a deixou numa espelunca, sujeita a vários acidentes com sua integridade física, ele já mostrou que não tinha muito apreço pela vida dela. Se é para viver com um homem grosseirão, estupido, sem coração… um verdadeiro homem das cavernas, então no Brasil tem um monte… Pobre, Brasilene!… Estou aguardando os próximos capítulos….
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Sim….completamente cega, coitada! Sim…pe rapado e troglodita tem aos montes no nosso pais e nem precisava ir tao longe, ne? Beijos
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Ah, pelo amor de Deus! Isso é uma história de amor ou de terror?
E olha que eles ficam furiosos quando você diz que não vai atravessar o oceano e gastar uma pequena fortuna para ir lá conhecê-los.
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Hahahaha…boa observacao, Maura!!!
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