Olá, amigos do Tabibito!
Como vocês já sabem, acabei de chegar do Brasil e, esta viagem a dois ao Brasil foi planejada e sonhada desde que nos casamos. Apesar de não ter que gastar com acomodação no Rio de Janeiro, queríamos ir para aproveitar bastante e fazer com que aquela viagem se tornasse inesquecível. Para isso, claro, como ninguém aqui é marajá, trabalhamos duro para conseguir realizar o sonho e sem ficar no vermelho, o que é mais importante. Por isso, para aproveitar mais no Brasil, decidimos cortar os gastos com as passagens aéreas e ao invés de escolhermos as companhias que vão pelo Oriente Médio (Emirates, Qatar, Etihad) ou Europa, acabamos escolhendo a pouco conhecida (pelo menos por nós!), Ethiopian Airlines.
Muita gente me desencorajou a tentar a Ethiopian, mas era puro preconceito na verdade, já que no final das contas, creio que fizemos uma boa escolha.
Quer saber os motivos?
1. Primeiro, claro, o preço. Não lembro exatamente o valor total das passagens, mas lembro que houve uma diferença de quase 1000 dólares entre a Ethiopian e a Emirates, a qual eu queria, pois voava direto pro Rio.
2. Horas de vôo e conexões
Em uma viagem longa como Índia-Brasil, temos que levar em conta o tempo de conexão e de vôo. Nosso corpo agradece. Quando viajei pela Qatar pela 1a vez, ela tinha apenas uma conexao de 2 horas em Doha e já pegávamos o próximo vôo de 15 horas non-stop até São Paulo + ponte aérea até o Rio. A parada, até que era rápida, mas aguentar 15 horas direto e mais uma ponte aérea não é muito encorajador.
Já a Ethiopian, faz o seguinte trajeto: Mumbai- (5 horas de voo) Addis Ababa (Etiópia) + 7 horas até São Paulo + ponte aérea até Rio de Janeiro.
Cansar, cansa de qualquer jeito, mas pelo menos, as horas são divididas e você sente que voou menos.
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O avião e o serviço de bordo
Bem, saindo da Etiópia até o Brasil, você embarca no famoso Dreamliner, que é o maior avião da empresa e o mais moderno. Faz pouquíssimo barulho e te ajuda a tirar aquela soneca durante o vôo. Os assentos são até bem confortáveis, possuem a telinha com opções de filmes, audio e tudo aquilo que você já conhece. E a comida? Meu esposo achou horrível, mas eu até que gostei bastante, principalmente da carne de panela que eles serviram. A única coisa ruim da comida foi o fato de servirem pão e croissant gelados no café da manhã. Fora isso, sem problemas. Em relação ao entretenimento,algo importantíssimo em viagens longas como esta, ficou a desejar. Havia poucos filmes (principalmente se comparado as empresas do Oriente Médio) e ainda menos filmes indianos. Só 4 filmes, dos quais, eu já tinha assistido 3 e ainda tive que assistir novamente na viagem de volta.
Se você é do tipo que ama aquela educação estilo japonesa, melhor não escolher a Ethiopian Airlines, já que as aeromoças pecam neste quesito. Mas, também tem passageiro que é uma mala, né? Passageiros-mala não faltaram nos dois trajetos. E, aeromoças nada gentis para lidar com eles, igualmente.
Bem, até então estou falando do Dreamliner, que voa até São Paulo. Já os aviões usados da Índia até a Etiópia, pelo menos os que saem de Mumbai, ficam muuuuito a desejar. São velhos e acho que nem quando viajei de Varig, em 1997, pela primeira vez, eles já não usavam um avião daqueles. O avião era velho, as poltronas bem mal conservadas e desbotadas, sem serviço algum de entretenimento, sendo que são 5 horas de Mumbai até Addis Abeba e merecia pelo menos uns filminhos. Tem uma tv pendurada em alguns compartimentos do avião, passando algum seriado americano com legenda em chinês (sim, porque eles compraram estes aviões de uma empresa chinesa) e após voar nesta jeringonça, você entra no Dreamliner e dá glória a Deus! Porém, o avião que pegamos de Addis Abeba até Delhi era muito bom! Então, acho que depende mesmo da sorte de cada um, né?
Mas, no geral, foi bom e já estou planejando minha próxima viagem ao Brasil pela mesma companhia aérea e com direito a um stop over na Etiópia ou em Togo. E que venha a África!Waka waka!
Aqui tem outro depoimento sobre como é voar na Ethiopian Airlines.